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O Que Devemos Saber Sobre Alergia Alimentar - Perguntas e Respostas
O Que Devemos Saber Sobre Alergia Alimentar
Termos alternativos: hipersensibilidade alimentar, intolerância alimentar, freqüência de alergia alimentar,
Durante a semana, uma pessoa bem próxima de mim passou por está situação, alergia alimentar, a sua principal causa? O chocolate. Eu curioso com está situação resolvi pesquisar mais sobre o assunto pela internet e saber mais sobre como isto acontece, encontrei está matéria riquíssima em conteúdo no site ABC da Saúde, que reproduzi aqui no Entre Linhas. Vale a pena conferir:
Alergia alimentar
O que é?
A alergia alimentar é uma reação indesejável que ocorre após a ingestão de determinados alimentos ou aditivos alimentares.
O termo hipersensibilidade alimentar
(geralmente usado como sinônimo de alergia alimentar) pode ser definido
como uma reação clínica adversa, reproduzível após a ingestão de
alergenos (substâncias que desencadeiam a alergia) presentes nos
alimentos, causados pela exposição a um estímulo em uma dose tolerada
por pessoas normais.
A alergia alimentar sempre envolve um mecanismo
imunológico, expressando-se através de sintomas muito diversos. A
alergia alimentar é, simplificando ao máximo, uma resposta exagerada do
organismo à determinada substância presente nos alimentos.
Qual a frequência da alergia alimentar?
As reações alimentares de causas alérgicas
verdadeiras acometem 6-8% das crianças com menos de três anos de idade e
2-3% dos adultos. No entanto os pais acreditam que a incidência de
alergia alimentar em seus filhos alcance 28 %.
Os indivíduos com outras doenças alérgicas apresentam maior incidência de alergia alimentar?
Sim. Pacientes com outras doenças alérgicas
apresentam uma maior incidência de alergia alimentar, por exemplo, 38 %
das crianças com Dermatite Atópica têm de alergia alimentar e 5% das com
asma.
Quais são os fatores mais envolvidos na alergia alimentar?
Predisposição genética, (50 % dos pacientes com alergia alimentar possuem história familiar de alergia). | |
A capacidade de certos alimentos de produzir alergia. | |
permeabilidade do sistema digestivo. | |
falha dos mecanismos de defesa, ao nível do trato gastrintestinal |
Que alimentos são mais envolvidos nos casos de alergia alimentar?
Entre os alimentos mais envolvidos encontramos:
ovo, peixe, farinha de trigo, leite de vaca, soja e crustáceos. As
reações graves (anafiláticas) estão, na maior parte das vezes,
relacionadas à ingestão de crustáceos, leite de vaca, amendoim, e nozes.
Os corantes, conservantes e aditivos alimentares?
As reações adversas aos conservantes, corantes e aditivos alimentares são raras, mas não devem ser menosprezadas.
Como se manifestam as alergias alimentares?
A maior parte dos sintomas surge minutos a
horas após a ingestão. Tanto a natureza da reação como seu tempo de
início e duração são importantes para estabelecer o diagnóstico de
alergia alimentar. As reações cutâneas (que envolvem a pele) mais comuns
são: urticária, inchaço, coceira e eczema; do sistema digestivo:
diarréia, dor abdominal, vômitos, do aparelho respiratório: tosse,
rouquidão e chiado no peito. Em crianças pequenas, a perda de sangue nas
fezes, pode ocasionar anemia e retardo do crescimento.
O que é Reação Anafilática?
É uma reação grave, potencialmente fatal, de
início súbito, que demanda socorro imediato. A anafilaxia (reação
anafilática) é desencadeada pela liberação maciça de substâncias
químicas que despertam um quadro grave de resposta generalizada.
Remédios, picadas de insetos, alimentos, etc., podem ser os
desencadeantes. Em situações excepcionais o alimento induz o
aparecimento, de coceira generalizada, edema (inchaços), tosse, edema de
glote, rouquidão, diarréia, dor na barriga, vômitos, aperto no peito
com queda da pressão arterial, arritmias cardíacas e colapso vascular
(choque anafilático).
O que é síndrome de alergia oral?
É uma manifestação de alergia alimentar que
ocorre após o contato da mucosa oral com determinados alimentos. As
manifestações são instantâneas: coceira e inchaço nos lábios, palato e
faringe. Os alimentos frequentemente envolvidos são: frutas como: melão,
melancia, banana, pêssego, ameixa, e aipo.
Como o médico pode fazer o diagnóstico de alergia alimentar?
O diagnóstico depende da interpretação conjunta
da história clínica minuciosa, dos dados do exame físico acompanhados
dos exames laboratoriais.
Na história clínica, são importantes as
informações sobre os alimentos ingeridos. Em algumas situações é
possível correlacionar o surgimento dos sintomas com a ingestão de
determinado alimento, em outras o quadro não é tão evidente. O chocolate
raramente causa alergia,quando isto acontece, torna-se necessário
pesquisar alergia ao leite de vaca ou à soja, usados em sua fabricação.
Uma história precisa é importante para
determinar o "timing" da ingestão e o aparecimento dos sintomas, o tipo
de sintomas, os alimentos que possam estar causando o problema, e o
risco de atopia (ter vários tipos de alergia). A eliminação de um
alimento fortemente suspeito durante algumas semanas é geralmente usada
na prática clínica para auxiliar no diagnóstico de alergia alimentar. Há
a necessidade de testes diagnósticos confiáveis para a alergia
alimentar.
Quais os testes para diagnosticar a alergia alimentar?
1) TESTES CUTÂNEOS - Os testes cutâneos
imediatos devem ser realizados por alergista. Isoladamente não confirmam
o diagnóstico. Apenas detectam a presença de anticorpos IgE específicos
para os alimentos testados, demonstrando sensibilização. Devem ser
testados apenas os alimentos suspeitos. Painéis de testes com inúmeros
alimentos não devem ser realizados. A positividade do teste cutâneo pode
persistir por muito tempo após o desaparecimento do quadro clínico. Os
testes cutâneos de contato com alimentos têm a finalidade de investigar
as reações tardias, mediadas por células T. Serão necessários mais
estudos controlados, utilizando esse método, para se estabelecer sua
aplicabilidade.
2) DOSAGEM DE IGE ESPECÍFICA - Servem
para dosar a IgE específica para os alimentos suspeitos. Também não têm
valor diagnóstico, apenas demonstram se o paciente tem IgE específica
para determinado alimento. Painéis de testes para inúmeros alimentos não
devem ser realizados, pois pode haver resultados positivos que não se
relacionam às manifestações clínicas.
3) DIETA DE EXCLUSÃO - Diante de uma
história e exame físico sugestivos de alergia alimentar, deve ser
realizada dieta de exclusão do alimento suspeito, quando identificado. A
dieta de exclusão deve ser realizada com número limitado de alimentos
(1 a 3) e de acordo com a história clínica.Após duas a seis semanas de
exclusão, os sintomas devem desaparecer. Se os sintomas desaparecerem,
um teste de provocação oral deve ser feito para se confirmar o
diagnóstico.Crianças não devem fazer dietas de exclusão prolongadas, sem
provocação oral que confirme definitivamente, que as manifestações
clínicas foram provocadas pelo alimento excluído. Nas crianças
exclusivamente alimentadas com leite materno, deve-se suspeitar
desensibilização através do leite materno. Nestes casos a mãe deve
submeter-se à dieta de exclusão do alimento suspeito.
4) TESTES DE PROVOCAÇÃO ORAL - Quando
sintomas e sinais desaparecem após a exclusão do alimento suspeito, é
necessária a comprovação pela provocação oral, administrando o mesmo
alimento ao paciente. O teste é considerado positivo se os sintomas
ressurgem, tal como eram antes da eliminação do alimento da dieta. Os
testes de provocação oral servem tanto para comprovação diagnóstica.
Como para constatar se o paciente já se tornou tolerante ao alimento.
São contra-indicados quando há história recente de reação anafilática
grave e devem ser realizados em ambiente hospitalar.
5) ENDOSCOPIA E BIÓPSIA - São úteis para avaliar pacientes com manifestações não mediadas por IgE.
Qual o tratamento da alergia alimentar?
Não existe ainda um remédio para tratar
especificamente a alergia alimentar. Os medicamentos são utilizados para
o tratamento dos sintomas (crise). A única forma de controle é a
exclusão do alimento identificado da dieta.Crianças com história de
reação anafilática devem ter epinefrinaauto-injetável sempre à
disposição. Como a alergia alimentar tende a desaparecer com a idade, a
intervalos de 6 a 12 meses deve ser tentada a reintrodução do alimento,
para verificar o surgimento de tolerância a ele.
Como se previne a alergia alimentar?
Dietas de exclusão alimentar durante a gestação
não têm se mostrado eficientes na prevenção da doença alérgica do
lactente de risco para atopia (aquele com pais ou irmãos atópicos).O
aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses. Após este
período, os alimentos apropriados para a faixa etária podem ser
introduzidos, de maneira gradativa, como para qualquer outro lactente.
Matéria reproduzida gentilmente do site ABC da Saúde.
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