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O que vi de São Gonçalo do Rio Abaixo através do "SAPATO"
Saímos de João Monlevade às 8 horas da manhã do dia 04 de fevereiro para apresentar o espetáculo “SAPATO” em São Gonçalo do Rio Abaixo. Depois de trinta minutos estávamos na cidade vizinha. Quando cheguei fomos recebidos pelo prefeito da cidade que estava em frente o Centro Cultural. Entramos com nossas malas para o teatro, que é maravilhoso, o primeiro teatro que vou fora de João Monlevade. Fiquei empolgado e comecei a visitar o prédio, tinha umas exposições de quadros sensacionais, depois de visitar tudo, fui para o camarim que também é maravilhoso. Depois de conhecer o Centro Cultural fui para a rua conhecer um pouco da cidade, já havia estado no município seis anos atrás cantando no ginásio com um coral da escola, mas acabei não vendo nada. Sempre que vou nessas cidades do interior lembro-me da minha tia que sempre gostava de visitar a igreja e o cemitério da cidade. A igreja vi de perto, mas estava fechada, e o pequeno cemitério vi de longe. Andei pela rua que tem na margem do rio que corta a cidade e passei em uma ponte dessas bem antigas de madeira e corda, estreita e que balança muito, a proteção dos lados estava lá. Foi muito divertido atravessar de um lado pro outro do rio. A cidade é super limpa e transmite uma paz. Voltei para o teatro e ajudei nos testes de luz e ficamos conversando. Paramos para o almoço, enquanto a comida não chegava do restaurante, fiquei no camarim batendo papo, até que depois de uma longa espera eis que chega o nosso almoço. À tarde passamos um ensaio geral e preparamos os últimos ajustes para a estréia, fizemos exercícios de relaxamento. Ficamos no camarim descansando. Sempre que dava, eu saia um pouco em frente o teatro para ver o movimento na rua. Pouco mais de oito horas o público começa a ocupar os seus lugares no teatro. Entramos em cena, aos poucos a história ia rolando no palco, sob o olhar atento dos mais de 200 São-gonçalenses presentes na platéia. Não riam de tudo, mas estavam atentos a todos os movimentos. No final recebemos o caloroso aplauso da platéia e finalizamos o espetáculo com informações sobre a Cia. E com apresentação do elenco.
Na platéia havia um professor de filosofia que disse: “O espetáculo é muito bom. Ele é transcendental.”
Alguém do publico escreveu uma carta com poesia direcionada a Cia., como uma forma de carinho.
Organizamos tudo, entramos na van e voltamos para João Monlevade, mas vai ficar pra sempre este primeiro contato com a cidade.
Até uma próxima oportunidade.
Abaixo algumas fotos dos bastidores desta viagem: