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ENTRE LINHAS DA HISTÓRIA: Veja como o perfil de Hitler foi traçado pelo serviço secreto dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial
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Adolph Hitler
Um dos tiranos mais brutais da história, Adolph Hitler, teve o seu
perfil traçado ainda em 1943 a pedido do Escritório de Serviços
Estratégicos, um antecessor da CIA, a agência de inteligência
norte-americana. O diagnóstico é que o líder nazista era um
esquizofrênico que tinha a missão de vingar seus anos de raiva reprimida
durante a infância, de acordo com o psicólogo e professor de Harvard,
Henry Murray (1893-1998). Um dos objetivos do trabalho era o de prever o
seu comportamento no caso de uma derrota alemã na Segunda Guerra
Mundial. O relatório consumiu 229 páginas e foi chamado "A Personalidade
de Adolf Hitler".
Murray descreveu o Führer como um paranóico, "incapaz de relacionamentos humanos normais."
"É impossível esperar qualquer misericórdia ou tratamento humano dele", escreveu Murray.
Ainda de acordo com o estudo, Hitler sofria com sentimentos
intoleráveis de inferioridade, em grande parte por causa de seu porte
físico pequeno e aparência frágil e doente. Ele não quis mais frequentar
a escola porque era um estudante pobre em comparação aos colegas. Sua
mãe permitiu que ele abandonasse os estudos.
"Ele nunca fez qualquer trabalho manual, tampouco esteve envolvido na
prática de esportes e também foi rejeitado no exército austríaco por
conta de sua fragilidade física," relatou Murray.
Sexualidade perturbada
Sexualmente, Hitler foi descrito como um "masoquista", que humilhou e abusou de suas parceiras.
Esse comportamento teria origem em um Complexo de Édipo (o amor de
mãe e ódio do pai), que teria sido alimentado quando, acidentalmente,
viu seus pais fazendo sexo.
Hitler obedecia e respeitava o seu pai, porém o via como um inimigo
que chefiou a família "com severidade tirânica e injustiça". De acordo
com o relatório, Hitler tinha inveja do poder masculino de seu pai e
sonhava em humilhá-lo para restabelecer "a glória perdida de sua mãe."
Ao longo de 16 anos, contudo, Hitler não mostrou ambição ou
competitividade, porque seu pai havia morrido e ele ainda não havia
descoberto um novo inimigo.
Outra questão sexual que teria afetado a masculinidade de Hitler
residia no fato de que ele era "incapaz de consumar o ato sexual de uma
forma normal", segundo Murray. Por várias razões, passou a associar o
sexo com algo sujo.
“Ele não era capaz de demonstrar o poder masculino diante de uma
mulher, então ele compensou isso mostrando sua força aos homens em todo o
mundo", escreveu o psicológo. Hitler teria tido várias parceiras, mas
casou com sua amante de longa data, Eva Braun. Ambos cometeram suicídio
juntos em seu bunker de Berlim, em 30 de abril de 1945.
Sangue puro alemão
A atitude de Hitler em relação à valorização do "sangue puro, sem
mistura e não corrompido do alemão", de acordo com Murray, vinha de um
complexo por conta de suas origens mistas, já que Hitles possuía judeus
em sua família como o avô, o padrinho e sua irmã namorava um judeu rico.
O Fuhrer teria concentrado seu ódio aos judeus, porque eles eram um
alvo fácil.
O psicólogo defende que os judeus foram escolhidos como alvos de
Hitler pois seriam o grupo que "não lutaria com punhos e armas". O
relatório indica que Hitler estava ansioso para tirar dos judeus sua
riqueza e poder.
O levantamento de informações do Hitler traz fatos curiosos, como o
de que ele tinha um aperto de mão fraco e úmido, porém um olhar
"hipnótico". Murray afirma que Hitler recebia elogios por seus olhos de
cor azul-acinzentado, que ao mesmo tempo eram descritos como "mortos e
impessoais”. Outra parte do corpo do líder alemão que chamava atenção
eram suas mãos, consideradas belas.
Fontes dizem que Hitler parecia ser tímido ou mal-humorado durante
conversas e apresentava gestos descoordenados. Entre as várias
características citadas no seu perfil, uma era relacionada à comida.
Hitler não era fácil de agradar e possuía um paladar bastante exigente.
Fontes: