2
Não seja estúpido ao contratar uma editora sob demanda
on
11:53
in
Artigos
Zapeando a internet, entre uma leitura e outra, encontrei este artigo interessante na página da Geyme Lechner Mannes, o assunto já é conhecido de quem está tentando o mundo literário, mas com uma abordagem diferente e mais chamativa, vale a pena conferir a reprodução.
Matéria retirada do site Geyme
O tema já é manjado por alguns que estão metidos na área, no entanto, vale
a pena “ver de novo” para quem está chegando agora, para quem já chegou, ou
para aqueles que ainda chegarão, cheio de inocência e expectativas...
Literatos do meu Brasil, vou sair do pressuposto que você é um autor
iniciante, com fogo no rabo sonhos, decidido a publicar seu primeiro
livro com uma editora por demanda. No processo de escolha (dos últimos três
anos para cá, as editoras sob demanda, cresceram quase tão rápido quanto as
igrejas evangélicas, deixando um leque gigantesco de opções para você se
afiliar), atente-se para alguns detalhes importantes:
- O primeiro passo é pesquisar. Consulte informações sobre a
editora, através do Google, das redes sociais, e principalmente, através de
escritores que publicaram com eles. Observe quantos livros a empresa tem
publicado, a qualidade do material, o design nas capas, o preço final do livro
para o leitor. Algumas gráficas editoras prometem comercializar seus
livros, mas o preço final é exorbitante. Por mais que sua obra seja uma “coisa
magnifica”, o leitor não terá acesso; nem ele, nem você, nem sua família. Pois
meu amigo, um livro de 80 páginas onde a editora tem a pretensão de vende-lo
como se tivesse 800... dá um tempo, né? Para você ver, que o lucro delas é
apenas com VOCÊ, quando VOCÊ paga para publicar. Eles não têm qualquer
pretensão de vender sua obra, porque sabem que a maioria delas empaca, e empaca
mesmo!
- A coincidência entre uma editora e outra é que
TODAS prometem muito, e TODAS cumprem pouco. O básico: Correção, Revisão, diagramação! Pelo amor das
periquitas! NÃO confie na “revisão” dessas editoras; elas não revisam nada além
do que o programa automático faz. Muito pelo contrario, aceitando cada proposta
desses corretores (que não entendem português melhor do que você), ademais de
NÃO corrigirem os erros no texto, ainda conseguem cagar estragar
aquilo que está certo! O serviço de correção é tão ruim, que eles
conseguem
errar o seu próprio nome na capa do livro. A dica é entregar seu arquivo
com o
mínimo de erros, corrigi-lo você mesmo varias vezes, entregar o texto
para quem entenda do assunto e posa revisá-lo para você (um revisor
profissional, dois ou três amigos feras no português), pois essas
editoras NÃO
terão qualquer carinho ou piedade na hora de “revisá-lo”. Creio que um
macaco
faz essas correções, um símio que aperta botões e aceita tudo,
absolutamente
TUDO que o Word recomenda!! Não há ninguém minimamente APTO para mexer
no seu
texto. Confie no que estou dizendo (e desconfie sempre dos macacos de
circo,
amadores, que trabalham nessas editoras).
- A primeira falha na conduta do escritor iniciante é
a pressa! As editoras se aproveitam da ansiedade de seu cliente, tal qual organizadores de
festas de casamento se aproveitam dos noivos. Leia o contrato várias vezes,
esmiúce cada duvida, acrescente detalhes que são importantes e não constam no
documento. Você pode viver sem as editoras, mas as editoras não sobrevivem
no mercado sem VOCÊ! Uma vez assinado o contrato entre as partes, eles
devolverão o seu texto em 15, 30 dias (revisado como a cara deles), “pronto
para comercialização”. NÃO seja preguiçoso, revise (a revisão) várias vezes,
faça um relatório de cada página e linha onde exista erros; exija que a editora
arrume cada falha, pois tenha certeza, ele voltará com mais erros do que quando
você o entregou.
- Algumas editoras oferecem vantagens especiais
com o pagamento à vista. NÃO seja Naiv, céus!!! Você lembra de todo bom
atendimento e amabilidade na hora da negociação? Esqueça! Depois que você faz o
pagamento à vista, eles se mostrarão extremamente ocupados e o tratarão
com um leve distanciamento, adestrando suas exigências, que nada mais são do
que “Pitchis de autor! “frescura”! Você é Rei ao negociar com eles, mas passa
ao status de mendigo após. Segure-os pelo dinheiro, parcele o pagamento nas
condições máximas. Se alguém tiver que tirar vantagem na negociação, faça com
que ela seja sua. NÃO se deixe enganar!
Acerte cada detalhe antes de assinar o contrato, veja quais formas de
comercialização que a editora oferece. Exija que os livros estejam nos sites
de venda delas, imediatamente após a publicação, pois algumas gráficas
“editoras”, embora prometam vender seu livro em suas lojas virtuais e
livrarias, esquecem totalmente desse detalhe, e tanto você quanto seus
leitores ficam a ver navios... A principio, eles o farão acreditar que sua obra
será o “BUM” do milênio, mas na verdade, estão cagando e andando
tanto para você quanto para ela. NÃO se iluda! Eles sequer leem aquilo que
publicam (tanto com sua obra quanto aquilo que eles produzem).