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Por que, afinal, a literatura brasileira não vende? E por que venderia?

on 13:05

1. Um problema de sintonia

“Eles não chegam lá”: o título da esclarecedora matéria de Marco Rodrigo Almeida na capa da Ilustrada(Folha da S. Paulo, 03/01/2013) sintetizaum dado revelador do velho problema da produção e do consumo literários brasileiros. Enquanto os livros de não-ficção mais vendidos no país são predominantemente brasileiros, os de ficção são estrangeiros: as ficções nacionais encalham. Por quê?
É relativamente fácil compreender o predomínio de autores nacionais na não-ficção: eles costumam tratar de temas nacionais (embora isto não seja necessário, ou necessariamente positivo, pois no limite denota provincianismo), de imediato interesse local. A biografia de um bilionário nativo desperta mais interesse, por exemplo, do que o debate sobre o controle (ou o descontrole) de armas nos EUA. Além disso, como afirma Pascoal Soto, diretor-geral da Leya,
Na não-ficção encontramos autores dispostos a atender à demanda do grande público. Eles abordam temas interessantes [principalmente no sentido acima comentado] e escrevem de forma acessível. Já os romancistas escrevem para os amigos, para ganhar o Nobel de literatura.
A primeira parte da resposta parece verdadeira, mas a segunda, por força da ironia, acaba por ocultar as coisas. Os romancistas brasileiros escrevem, de fato, “para os amigos”, mas não como motivo primário. Na verdade, eles não escrevem para o público, que desprezam.
Esse desprezo pelo público se manifesta reiteradas vezes na matéria secundária à de capa (“Ficção perdeu os leitores, diz o autor de ‘O Filho Eterno’”, p. 3). O que não se compreende: pois as afirmações dos autores não são exatamente sofisticadas.
“O autor que se guia pelas tendências do mercado deixa de ser um artista para ser um comerciante” (Marçal Aquino)
“O que é bom não vende muito. O pessoal não tem nível intelectual para consumir um livro de maior qualidade” (Sérgio Sant’Anna)
“Há um sério problema de falta de sintonia entre o grande público e os escritores brasileiros” (Nelson de Oliveira)
“Nós perdemos o leitor depois dos anos 1970, quando a universidade passou a dominar a literatura. Houve uma poetização da prosa, a narrativa clássica implodiu. […] Se vender, ótimo. Mas ficar obcecado com isso pode envenenar o autor” (Cristovão Tezza)
A frase de Marçal Aquino é um velho clichê tardorromântico, que pressupõe a pureza espiritual do artista contra a impureza materialista do vil comerciante e, portanto, esquece, por exemplo, que Michelangelo e Da Vinci trabalhavam sob encomenda. Também esquece a “perda da inocência” ao longo de todo o século XX. A afirmação de Sérgio de Sant´Anna, por outro lado, é mais direta, e também mais desleixada: “O pessoal não tem nível intelectual para consumir um livro de maior qualidade”. O pessoal não tem nível intelectual? E se, para Pound, o artista era a antena da raça, para Nelson Oliveira é uma espécie de rádio, com um “sério problema de falta de sintonia” com o público. Já Cristóvão Tezza, antes de repetir o clichê de Aquino, parece confundir os anos 1970 com os anos 1920: a “poetização da prosa”, assim como a “explosão da narrativa clássica”, aconteceu cinquenta anos antes do que afirma. De qualquer modo, pouco poderia explicar das circunstâncias contemporâneas.

2. Gênio pobre versus vendilhão rico

O problema, em todo caso, estaria na defasagem entre o gosto médio do público por uma literatura igualmente média e a insistência dos ficcionistas brasileiros em criar uma literatura “sofisticada”. Isto geraria uma demanda sempre insatisfeita, de um lado, e uma oferta sempre insatisfatória, de outro. Pois a literatura “sofisticada” satisfaria apenas a demanda pessoal do próprio produtor, ignorando a demanda pública dos consumidores. Se fosse verdade, tratar-se-ia de um clássico problema de oferta. Neste caso, as próprias leis do mercado se encarregariam de solucioná-lo. Pois não é de se crer que o Brasil só produza candidatos a gênio literário, e nunca escritores que desejam simplesmente ficar ricos.
Prova disso é o mais rico escritor brasileiro – apesar de não se tratar, de fato, de um escritor. Refiro-me a Paulo Coelho. Ele não é um escritor porque escrever não é juntar palavras. Ou seja, juntar palavras não é suficiente. Por isso a lista telefônica não é literatura. Nem é literatura o que ele produz, pois literatura é trato com a linguagem verbal, de um lado, e trato da realidade pelo trato da linguagem verbal, de outro, e Coelho não faz uma coisa nem outra (operando por ocultamento do ocultamento, ao usar e abusar de clichês como se fossem obra sua, ou seja, por mera apropriação e reutilização do usado, abusado e gasto). Em todo caso, de seu sucesso comercial se concluiria que o gosto médio do público idem está de fato abaixo da média. Isto deixaria qualquer tentativa verdadeiramente literária de se adequar a esse gosto fadada ao fracasso. Mas também deixaria sem explicação outros fenômenos comerciais: de um lado, livros complexos ou complicados como O nome da rosa, de Umberto Eco; de outro, a verdadeira literatura média, mais do que robusta em lugares como EUA e Europa.
O caso de livros complexos de sucesso comercial é relativamente fácil de entender: trata-se do conhecido fenômeno do “livro de prestígio”, ou seja, que se torna importante ter, mas não necessariamente ler. Livros complexos, como regra, de fato não são fenômenos comerciais. Mas isto ainda não explica tudo. Mesmo porque, autores muito complexos já foram muito populares.
O exemplo máximo é Shakespeare, dramaturgo de maior sucesso popular na Inglaterra elisabetana, que, evidentemente, pensava em seu público ao escrever, ainda que não para simplesmente satisfazer do modo mais fácil o gosto desse público. O problema não está, de fato, em optar entre o baixo gosto médio do público e a alta arte sutil do grande escritor, assim condenado, ou à subliteratura, ou à solidão de estufa das flores raras. O problema está na incapacidade dos escritores de encarar o problema em sua inteireza e na inteireza de sua complexidade.
O verdadeiro dilema aqui é shakespeariano: ter o público em pauta ao escrever, mas não para simplesmente satisfazer de modo fácil o gosto desse público. Como a resposta-padrão dos escritores brasileiros retira o público mágica e convenientemente da equação (afinal, é um público que não serve para sua literatura), essa resposta-padrão nada responde e nada pode responder.

3. Literatura de entretenimento versus entretenimento pela literatura

Pesquisas indicam que o Brasil leitor é dez vezes menor do que o Brasil real, ou seja, um país de 20 milhões de habitantes. Mas um país de 20 milhões de habitantes ainda é meia Argentina, ou meia Espanha. Teríamos então, apesar de tudo, de ter um mercado equivalente à metade do argentino ou do espanhol. Mas estamos a anos-luz disso. A pequenez do público leitor brasileiro é, em todo caso, relativa. E não explica a falta de uma produção literária brasileira que o supra. Mesmo porque, toda a discussão começa pelo fato de esse público leitor se alimentar de livros importados.
Qual a principal característica desses livros? Ao contrário de Paulo Coelho, eles são literatura – mas integrada ao entretenimento, que é entretenimento do público. Portanto, o público faz parte da equação literária. A literatura média é, de fato, literatura de entretenimento.
Shakespeare também era, em sua época, entretenimento. Balzac era igualmente, em seu tempo, entretenimento. O problema é que hoje a literatura que prevê e, portanto, entretém o público seria uma literatura inferior. Ou talvez não. Porque o público atual é maior e mais diversificado: logo, não há apenas uma literatura de entretenimento, aquela reconhecida por este nome.
À exceção do relativamente recente e efêmero fenômeno das “sagas literárias”, que tiveram origem com O senhor dos anéisde Tolkien, a literatura moderna, passada a exceção vanguardista dos modernismos, é dominada, desde meados do século XIX, por duas vertentes centrais, derivadas dos dois principais criadores dessa literatura, Balzac e Poe. Enquanto Balzac consolidou e refinou a prosa de ficção como principal instrumento para retratar a sociedade urbana, burguesa e industrial, capaz de dar conta de seus aspectos materiais, psicológicos e sociais, o equivalente da épica para os povos antigos, Poe criou a literatura policial. Toda ou quase toda a literatura moderna deriva ou de Balzac, ou de Poe, ou de ambos. Jorge Luís Borges, Georges Simenon, Graham Greene, Dashiel Hamett, Patrícia Highsmith e ainda Stephen King e John Grisham são filhos de Poe, enquanto Ernest Hemingway, Saul Bellow, Phillip Roth, Amós Oz, Ohram Pamuk, Salman Rushdie, Ian McEwan e uma vasta lista descendem de Balzac (as vanguardas deixaram poucos descendentes na ficção mainstream, à diferença da poesia e das artes plásticas). E todos eles, a seu modo, são literatura de entretenimento. Porque são entretenimento pela literatura.

4. Entretendo-se com os herdeiros de Balzac e Poe

O inglês Graham Greene é o autor de ao menos uma perfeita obra-prima, o pequeno romance Fim de caso, que retrata em cápsula o momento histórico de Segunda Guerra Mundial e ainda cria uma das mais poderosas histórias de amor da literatura contemporânea, além de discutir a questão da teodiceia (a justiça divina). Há no livro algo de Stendhal, algo de Balzac e algo de Dostoievski. Mas também há muito da moderna literatura, bem, média norte-americana, cujo representante maior é Hemingway, o grande consolidador da escrita direta, seca, “objetiva”. Hemingway, um escritor médio? Sim, ao menos se comparado ao seu contemporâneo Joyce. Ou a Proust. Fundindo tudo isso, o que Greene consegue é um livro que, de fato, entretém, no sentido de que lê-lo não gera as angústias estético-intelectuais de um Joyce, mas sim puro prazer de leitura, sem deixar, no entanto, de ser um denso alimento para a inteligência. Na verdade, por ser, afinal, um denso alimento para a inteligência, sem falar nos sentidos, na imaginação e na empatia com os personagens. Portanto, Greene é de fato literatura de entretenimento – ainda que num sentido muito diferente do mais que banal Harold Robbins. Georges Simenon também, obviamente. Bertrand Russell costumava lê-lo todas as noites, e não por ser soporífero, mas o contrário: por ter grande leveza de fatura sem perder a densidade de estrutura narrativa e psicológica. Além de romances policiais, Simenon foi ainda o autor de uma longa série que chamou de romans durs, ou “romances duros”, que guardam certas semelhanças, mantidas todas as diferenças, com o Fim de caso de Greene. A “dureza” psicológico-realista desses romances curtos, em que o personagem central sempre está em uma situação limite criada ou possibilitada por ele mesmo, e em relação à qual não sabe se quer se salvar ou se perder, não impede, ao contrário, o puro prazer da leitura. Isto também mesmo vale para Phillip Roth, o mais balzaquiano desses três (portanto, o que mais status de alta literatura possui). Portanto, Roth também é, afinal, entretenimento. Literatura de entretenimento não é o mesmo que literatura ruim.
A incapacidade dos escritores brasileiros de criarem livros ao mesmo tempo bons e prazerosos é apenas a incapacidade dos escritores brasileiros de criarem livros ao mesmo tempo prazeroso e bons. Eles são, como regra, chatos, porque, como regra, são pretensiosos. E são pretensiosos por ignorarem o público leitor. Se não o ignorassem, não poderiam ser chatos, sob o risco do fracasso. Cria-se assim uma literatura satisfeita para ninguém, ou quase ninguém. Satisfeita talvez, mas não satisfatória. A menos que se considere a criação literária um hobby, que, de fato, só interessa para quem o pratica. Mas se se pretende algo além de um hobby, a literatura não pode satisfazer somente quem se dedica a ela. O público tem de ser posto na equação. Ou nas equações. Pois há uma simples e uma complexa.
A simples é simplesmente apostar no pior, no mais fácil, no mais paulo-coelho. A complexa é buscar a síntese de Simenon, de Greene, mas também de Roth e McEwan, ou de Shakespeare e Balzac: não trair a inteligência criativa, inclusive ou principalmente ao conquistar, sem traí-la, um grande público. Este é o caminho dos grandes escritores, sejam mediamente grandes ou grandemente geniais.
Somando-se a todos os conhecidos problemas editoriais e educativos, do lado da criação literária, não há no Brasil um grande mercado consumidor de leitores médios porque não há uma grande produção de literatura média. E não há porque os escritores brasileiros confundem literatura média com literatura menor, enquanto buscam certa “alta” literatura que, ao prescindir do público mas não ser nem poder se de vanguarda, é na verdade autista.

5. O cadáver insepulto da literatura policial brasileira

Resta comentar o caso específico da virtual inexistência de uma literatura policial no Brasil. Logo, um dos principais gêneros da ficção moderna, toda a linhagem derivada de Poe, simplesmente inexiste. Rubem Fonseca tentou criar uma literatura parapolicial no país, que abandona qualquer investigação de um crime para se concentrar (literalmente, em contos densos e duros) nos próprios crimes. Funcionou, mas se esgotou no próprio autor, que em seguida tentaria romances de investigação mais convencionais, chegando a tentar firmar seu próprio investigador canônico, o Mandrake. Não funcionou.
Os motivos do fracasso ainda maior de um ficcionismo brasileiro da linhagem de Poe, em relação ao da linhagem de Balzac, não estaria em qualquer descompromisso autista dos autores com o público, mas em circunstâncias objetivas – que nada tem a ver, no entanto, com nossos velhos problemas educativos e editoriais.
Para que haja interesse dramático numa novela policial é necessário que exista, no mínimo, além do imprescindível crime misterioso, uma coleção mais ou menos sortida de suspeitos sem culpa formada, sobre os quais nenhuma acusação se poderia formular. Em consequência, continuam soltos, atrapalhando o mais que podem a ação da polícia. O detetive seguirá pistas falsas, embrulhar-se-á, cairá em armadilhas habilmente urdidas. Até que, ao cabo de duzentas e cinquenta páginas, a ação se esgota, os recursos do criminoso esgotam-se, as faculdades inventivas do autor também se esgotam, a nervosa expectativa do leitor já se acha quase esgotada – e então o mistério é esclarecido e o romance acaba.
Mas no Brasil as coisas não se passariam assim. Se o romancista não quisesse fazer obra inteiramente falsa, sem qualquer possibilidade de convencer o leitor, deveria criar sua hipótese dramática de acordo com o que de fato aconteceria no caso de um crime real: a polícia começaria prendendo todos os suspeitos. Haveria, quando muito, uma trágica descrição de espancamentos, interrogatórios, torturas físicas e notícias berrantes nos jornais.
O que dá vida, interesse dramático e consistência à novela policial é um jogo sutil de raciocínio e brilho mental, a luta surda e ágil travada entre o investigador e o criminoso. Como se fosse uma dança, em que os dois se perseguem, se esquivam, se abraçam e se confundem.
Vê-se, desde logo, em que impossibilidade esbarraria o romance policial no Brasil e em outros países, nos quais os processos criminais não sejam orientados pelo maior liberalismo, nos quais não se admita, no suspeito, um possível inocente, em vez de nele se pressupor – como é de uso entre nós – um criminoso potencial. Não importam os textos dos códigos de direito penal, porque o que interessa não é a aparência formal e teórica das leis, mas, sobretudo, uma questão de aplicação prática das mesmas. […]
A novela policial só pode se desenvolver em países cujas instituições políticas e jurídicas se baseiam em normas essencialmente democráticas, isto é, em que haja um verdadeiro respeito pela pessoa humana. (Luís Martins, “Prefácio”, in Obras-primas do conto policial, São Paulo, Livraria Martins Editora, 1964, pp. 7-9)
O diagnóstico parece consistente demais para estar errado. Além disso, explica o fenômeno que pretende explicar de modo suficiente. Então talvez estejamos condenados a jamais ter uma literatura policial robusta. Ora, esta é outra explicação para as ficções nacionais não venderem – além de explicar a dificuldade em explicar o problema. Pois ela é normalmente ignorada. Com isso, não se discute o caso específico da linhagem de Poe, virtualmente amputada da produção literária nacional. Acontece que essa linhagem responde por boa parte dos livros mais vendáveis nos mercados centrais.
Recentemente, vários autores policiais suecos conquistaram seu mercado interno para, em seguida, lançaram-se sobre o mercado mundial e, naturalmente, acabaram virando filme. Ou filmes. No caso da trilogia Millenium, de Stieg Larsson, seu primeiro livro teve uma versão cinematográfica sueca e outra inglesa. A inglesa é superior, tratando de modo mais lento e consistente as várias camadas de circunstâncias que constroem a história, acabando por envolver e revolver o negro passado pró-nazista de parte da elite sueca, que se liga diretamente ao sadismo dos crimes contemporâneos de um de seus descendentes. Portanto, o sadismo deixa de ser gratuito (mero chamariz de emoções fáceis do leitor idem), tanto em termos literários quanto sociais (a lição de Balzac): não se trata de um “simples psicopata”, no sentido de que sua psicopatia se autoexplica para ser, então, “retratada” pelo autor em detalhadas cenas de sangue. Pois outra característica importante das ficções de alguma qualidade é que elas, de um modo ou de outro, mantêm a história na mira, não para fazer “romances históricos”, mas romances robustos, inclusive policiais. Algo que os escritores brasileiros têm dificuldade de manipular.
Mas se não tivemos, não temos e provavelmente não teremos uma literatura policial, o peso da responsabilidade sobre os herdeiros tupiniquins de Balzac é ainda maior. Eles podem continuar a ignorar soberbamente o público, e com isso deixar o mercado para seus congêneres estrangeiros, enquanto modorram em seu “olímpico” isolamento satisfeito por prêmios literários locais de prestígio duvidoso, ou tentar o caminho do verdadeiro criador, que é o caminho difícil. E a dificuldade, aqui, não é criar pálidas obras “sofisticadas” de estufa (na verdade, isso não é tão difícil: basta ter muito tempo, muita paciência e algum talento), mas livros que os leitores queiram ler (caso contrário, por que os leriam?).

6. Epílogo

Durante muitos anos, falou-se em certo “padrão Globo de qualidade”. Mas ele nunca existiu. Apenas a ausência das TVs americanas e europeias, enquanto não chegaram aqui as TVs a cabo, permitiu a manutenção desse mito provinciano. A Globo sempre foi o que é, incapaz de ir além de novelas, BBBs, comédias do mais baixo nível e “especiais” especialmente bregas de fim de ano. A TV de qualidade, assim como o cinema de qualidade, tem de ser importada. O mesmo vale, afinal, para a ficção. Os escritores de fato ignoram o público, mas não porque se dedicam a criar uma alta literatura brasileira contemporânea (tão real quanto o “padrão Globo”), e sim porque são incapazes de se profissionalizar, segundo padrões internacionais modernos.
Costuma-se acreditar que existem incontáveis empecilhos objetivos a essa profissionalização (que não dependeria, portanto, da postura dos escritores): das condições do mercado editorial à educação pública, passando pelas instituições políticas, ao menos no caso específico da ficção policial, como descreve convincentemente Luís Martins. Além disso, como referido de início, não fosse assim, a lei da oferta e da procura se encarregaria de gerar escritores eficientes, ou seja, simplesmente profissionais, como o são os ficcionistas estrangeiros. Mas o domínio do mercado interno brasileiro de não-ficção por autores nacionais complica o quadro das explicações conhecidas. Se os autores nacionais de não-ficção vendem relativamente bem, ser um autor brasileiro e vender relativamente bem é objetivamente possível. E se o problema se concentra, assim, na ficção, o problema não está, apesar de tudo, na demanda, no consumo ou em suas condições, mas na oferta: os produtos nacionais oferecidos não agradam o público consumidor, digo, o público leitor. Quem compraria um carro nacional se pudesse comprar um carro importado superior pelo mesmo preço? O que vale para os carros vale para os livros. Mesmo porque, não é apenas o pior da literatura de entretenimento que vende bem no Brasil, como Cinquenta tons de cinza, mas também seu melhor, como Philip Roth. E não temos equivalentes nacionais nem para um para o outro, mas apenas uma ficção tão pretensiosa quanto amadora – ao menos no sentido incontornável de não ser obra de profissionais, que vivem de seu trabalho literário e dependem, portanto, do público. Sendo nossos ficcionistas, afinal, amadores, podem ignorar o público, que, por sua vez, os ignora.
para Pedro do Amaral Botelho de Mesquita
* Com a colaboração de Luis Dolhnikoff

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Editora Coerência: Uma Nova Editora Que Veio Resgatar Os Grandes Talentos

 

Editora Coerência

Dinâmica, inovadora, eclética e arrojada, a Editora Coerência já chega ao mercado revelando seu diferencial: a divulgação dos autores nacionais, que têm tanta dificuldade em se fazerem notar.

Criada não apenas para viabilizar a publicação de autores (ainda) não renomados, a Coerência conta com toda uma equipe de revisores, diagramadores, ilustradores, capistas e assessores, que preparam a obra para que esta chegue com qualidade à casa de milhares de leitores em todo o Brasil.

Foi pensando em fazer com que sonhos tivessem vida que a editora-chefe, Lilian Vaccaro, formulou a Coerência, para que se tornasse não mais do mesmo, e sim um lugar onde o autor pode, acima de tudo, se realizar e ganhar experiência no mercado editorial.

Conheci recentemente através do escritor e também fundador da editora, Gabriel Mariano, a editora Coerência, de cara pela apresentação, ele me mostrou todo o diferencial da editora, mostrando a que veio. A editora busca como o próprio nome já diz, a coerência em suas publicações, buscando mostrar e dar voz e vez a autores nacionais, de potenciais que não são acolhidos por grandes editoras, não pela falta de talento e qualidade de suas obras, 'mas pela regra do jogo'. As editoras tradicionais são fechadas, buscam muitas vezes pessoas já consagradas do mercado, famosos ou pessoas indicadas por alguém de renome, deixando muitas vezes, o autor desconhecido, mas de grande potencial de lado, perdendo vários talentos, a coerência veio para mudar, resgatar e não perder os grandes talentos da nossa literatura, com pouco menos de um ano, ela conta com um time de autores, editores e profissionais da área. Para os novos talentos nacionais, ela é uma excelente opção para o seu livro. Visto que as negociações são voltados para o sucesso de seus escritores.

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As 5 maiores editoras de livros brasileira, por Thieres Duarte

on 20:55



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DC Comics promete reformular seu universo de novo

Desde os anos 30 em atividade, como a fusão de diversas pequenas editoras numa única empresa, que cresceu e evoluiu com o passar do tempo, a editora norte americana DC Comics está prestes a recriar seu próprio universo de personagens de quadrinhos, numa jogada de risco que pode levantar a empresa ou derrubar de vez. A DC batizou a estratégia como Rebirth, ou renascimento. Poucas informações foram divulgadas sobre o mega evento previsto para ter início em maio, em todas as revistas da editora. Vamos conhecer as versões reimaginadas de personagens icônicos como Superman, Mulher Maravilha, Batman, Shazan, Lanterna Verde, Aquaman, Cyborgue, entre tantos outros do popular Universo DC, no rastro da estréia de Batman Vs Superman – A Origem da Justiça. Um filme estratégico para reposicionar os personagens clássicos da editora em diversas adaptações para as telas.
Segundo os editores, a nova fase não se trata de “reboot” (ou recriação) do universo iniciado em 2011, conhecido como os Novos 52, referente as 52 revistas em quadrinhos relançando seus personagens. Entretanto, no contexto de queda de vendas das atuais revistas da editora e do baixo apelo do novo universo junto aos novos leitores, fica evidente que o Rebirth pode ser um reboot disfarçado, com direito a relançamento das revistas, com nova numeração e substituições em suas equipes criativas. A ideia é resgatar os personagens para suas essências clássicas, como ocorreu nos especiais Lanterna Verde – Renascimento (2004) e Flash – Renascimento (2009), de Geoff Johns, com arte de Ethan Van Sciver. Todos os títulos serão relançados a partir do número um, com exceção de Action Comics (Superman) e Detective Comics (Batman), as revistas mais antigas da editora que vão retornar a sua numeração original (# 957 e # 934, respectivamente), com periodicidade quinzenal e preço abaixo do praticado atualmente no mercado norte-americano. Traduzindo, os editores remodelam o que não deu certo e pegam os títulos que ainda vendem, com um preço mais baixo, apesar de ser quinzenal. Ou seja, na soma das duas edições quinzenais, na verdade, sairá mais cara do que uma edição mensal. Eles pretendem aproveitar a suposta onda de interesse de novos leitores a partir sucesso do filme Batman Vs. Superman. É muita responsabilidade para um filme apenas. Entretanto, a estratégia da editora está longe de ser uma novidade. Desde a impactante reestruturação da DC Comics nos anos 80, tomando por base a mega saga Crise nas Infinitas Terras, escrita por Marv Wolfman, com arte de George Perez, a editora segue esse caminho todas as vezes em que enfrenta crises mercadológicas. Muitos leitores da DC Comics já consideram as Crises nas Infinitas Crises, porque aqueles que acompanham as sagas da Editora acompanharam sagas como Zero Hora (1994), Crise Infinita (2005), Crise Final (2008), Ponto de Ignição (2011), entre tantas outras crises. Esse Rebirth é mais um no histórico da DC Comics. Só não sabemos quanto tempo deve durar. Só até a próxima crise.

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Novos escritores brasileiros buscam o tortuoso caminho para o sucesso

on 15:43
 


Nem faz tanto tempo que ser escritor estreante no Brasil exigia atravessar um verdadeiro calvário, sem garantia de ter qualquer obra, sequer, publicada. O contato com as editoras era feito através de cartas, a não ser que o pretendente a escritor morasse na mesma cidade ou nas proximidades para visitar a empresa pessoalmente. Depois de enfrentar diversas barreiras e ser selecionado para ter o livro publicado, o lançamento ocorria sem muita divulgação. O sucesso dependia de um lento processo de interesse dos leitores e o boca-a-boca como ferramenta espontânea de marketing. Em casos extremos, o autor precisava bancar todos os custos da obra como editoração, impressão, papel, publicação, distribuição e divulgação, tornando o processo ainda mais difícil e arriscado, com o autor assumindo todos os riscos da publicação, sucesso ou prejuízo.
Hoje, o avanço das tecnologias de comunicação, a explosão da Internet e a difusão das redes sociais facilita muito a situação dos novos escritores que passam a ter uma série de opções para a publicação e divulgação de seus livros. Agora, é mais fácil o acesso às editoras, mesmo às grandes empresas. Os canais de comunicação são diversificados com emails, grupos de discussão, blogs, redes sociais que ajudam na divulgação e facilitam as vendas dos livros, reduzindo o risco de prejuízos, com a maior proximidade dos autores com potenciais leitores. Existem editoras que publicam livros sem custo algum para o autor.
Embora, na situação atual, seja mais fácil publicar livros, o caminho para o sucesso continua tortuoso, mas isso não intimidou muitos dos novos escritores brasileiros que apostam as fichas em seus livros e batalham incansavelmente para encontrarem um final feliz. O curioso é que a maioria dos novos escritores tem formação em jornalismo. Entre veteranos e novatos, conheça alguns autores brasileiros e suas obras que conquistaram destaque nos últimos anos:
Amanda Vaz Ciabotti – Com apenas 17 anos, escritora prodígio brasiliense e estudante do ensino médio lançou seu primeiro livro, no gênero literatura fantástica, Amarantha: Diário dos Sonhos, através de uma grande editora. No romance, a jovem guardiã dos sonhos Amarantha Comuwel se vê perdida e solitária após o desaparecimento de sua mãe, ocorrido quando ainda era muito pequena. A situação da guardiã se complica quando surge Donnavan, o Senhor das Sombras. Para enfrentar seu inimigo, ela deverá encontrar um garoto na Terra que ajude a ampliar a sua magia. A jovem autora adora livros desde que aprendeu a ler e tem como referência autores como George RR Martin, Júlio Verne, Machado de Assis, J.K. Rolling e Colleen Houck;
Ana Beatriz Brandão – Escritora prodígio e estudante paulista. Com apenas 15 anos já havia escrito mais de 10 livros e teve um deles lançado por uma grande editora. O livro A Sombra de um Anjo vendeu mais de 300 mil exemplares em poucos meses e a autora foi convidada para Bienal do Livro de São Paulo, onde conquistou o sucesso. A Sombra de um Anjo, o início de uma série de quatro livros, mostra uma garota que sofre um acidente de carro e acorda numa ilha apenas com os sonhos e pesadelos que já teve na vida. Como os sonhos estão em conflito, ela precisa desvendar esse mistério. Seu próximo livro é do gênero terror, Caçadores de Almas – Segredos e Maldições;
Ana Elisa Ribeiro – Bacharel em Letras, Mestra em Linguística, escritora mineira. Seu primeiro livro foi Poesinha (1997). Foi blogueira da Estante de Livros Virtual e escreve crônicas para o site Digestivo Cultural. Participou de antologias de poetas no Brasil e no exterior. Seus livros Anzol de Pescar Infernos (2013) e Meus Segredos Com Capitu – Livros, Leituras e Outros Paraísos (2013) foram semifinalistas do Prêmio Portugal Telecom. Ribeiro escreveu ainda Perversa (1997), Chicletes, Lambidinha e Outras Crônicas (2012), Sua Mãe (2012), Com H ou sem H (2013) e O E-mail de Caminha (2014);
Ana Luisa Escorel – Designer e escritora paulista. Escreveu dois livros sobre design com sucesso. Em 2010, estreou na literatura com O Pai, Mãe e a Filha. Em 2013, lançou Anel de Vidro, conquistando o Prêmio SP de Literatura no ano seguinte, sendo a primeira mulher a vencer na categoria principal, a de Melhor Livro do Ano. Na trama, encontros e desencontros amorosos são vivenciados sob a ótica de diferentes personagens;
André Vianco – Jornalista e escritor paulista. Autor de uma série de livros de suspense e terror que, na maioria, aborda a temática vampirismo. Seu primeiro romance O Senhor da Chuva (1999) mostra uma batalha entre anjos, vampiros e demônios. Os Sete (2000) é o maior sucesso do autor que teve sequência em Sétimo (2002) e O Turno da Noite (2007). Seus mais recentes trabalhos foram Meus Pequenos Monstrinhos – Vol. 1 Zumbi: O Terrível Ataque das Rãs do Nepal (2013) e Meus Pequenos Monstrinhos – Vol. 2 Bruxa: Um Feriado Assombroso a Floresta (2014);
Bianca Briones – Formada em Letras e escritora paulista. Seu primeiro livro foi publicado em 2010, Entre o Amor e a Amizade, um romance que nasce a partir da dor da perda. Briones lançou uma série de livros da temática Novos Adultos e fez sucesso junto ao público desde a Bienal de 2014 em São Paulo. O primeiro, de 2014, foi As Batidas Perdidas do Coração que mostra uma jovem de boas condições que acaba de perder o pai e a mãe entra em depressão. Ela conhece um jovem rebelde, de vida difícil, que teve o pai assassinado e parte da família morta em um acidente de trânsito. A paixão nasce entre os dois mesmo sendo tão diferentes e vivendo realidades tão distantes. Na sequência, Briones lançou O Descompasso Infinito do Coração, em 2015, e já tem um novo livro no forno para fechar a trilogia Batidas do Coração. Além dele, a autora prepara Impressões, uma história de amor nos tempos do Rei Artur que será concluído com Vivências;
Bruno Flores – Jornalista e escritor carioca monta o cenário de uma sociedade primitiva, os Kitaran que enfrentam dilemas humanos na luta contínua pela sobrevivência no romance Rumah. Um povo preso a crenças, superstições e dogmas ancestrais, dependem de atividades seculares, como a caça, a pesca e a agricultura, e vivem em conflito num pequeno arquipélago porque um grupo pretende partir numa jornada para encontrar o utópico Rumah, um lugar onde é possível encontrar a paz e a harmonia. A trama evoca o livro A Guerra do Fogo (1909) de J. H. Rosny que deu origem ao filme francês homônimo de 1981;
Camila Moreira – Escritora estreante, estagiária e estudante de Direito mato-grossense que utilizou a rede social de escritores Wattpad para escrever um romance erótico. Depois do sucesso repentino, a autora chamou a atenção de uma editora que resolveu publicar sua obra. Nasceu o ebook O Amor Não Tem Leis lançado no site da Amazon que ficou por uma semana na lista dos livros digitais mais vendidos. A autora inspirou-se no sucesso Cinquenta Tons de Cinza, mas decidiu ambientar o cenário de um tórrido romance no Brasil. Com isso, ganhou destaque até no jornal norte americano The Washington Post. Moreira ainda lançou a continuação O Amor Não Tem Leis – O Julgamento Final. Seu mais novo romance publicado, 8 Segundos, entra no circuito dos rodeios. A autora ainda tem três novas obras em produção no Wattpad;
Carol Bensimon – Tradutora e escritora gaúcha. Seu primeiro livro, Pó de Parede (2008) reuniu três contos. Seus livros seguintes foram Sinuca Embaixo D’Água (2009) e Todos Nós Adorávamos Caubóis (2013). Foi selecionada em 2012, pela revista inglesa Granta entre Os Melhores Jovens Escritores Brasileiros. Sinuca trata de uma conversa entre sete personagens que revelam seus sentimentos de luto diante da morte de uma jovem num acidente de carro;
Carolina Estrella – Jornalista e escritora niteroiense. Publicou os livros Garota Apaixonada em Apuros (2010), Garota Apaixonada em Férias (2012), Garotapop.com (2013) e Garota Apaixonada Para Sempre (2015) que encerra a série. Suas influências são Jane Austen e Meg Cabot. Mantém o blog literário Romances e Leituras. Organizou o projeto Escrever é Legal em que ministra oficinas literárias em escolas do Rio de Janeiro. O projeto permitiu a autora a viajar pelo Brasil. Carolina prepara agora o romance Dois Amores;
Carolina Munhóz – Jornalista e escritora paulista. Apaixonada pela série Harry Potter, logo foi eleita a Melhor Escritora Jovem pelo Prêmio Jovem Brasileiro e seu último livro foi eleito o Melhor do Ano pela Revista Atrevida. Desde os 18 anos, viajou pelo mundo, por treze países como Inglaterra, França, Itália, Suíça e EUA. Escreveu os livros A Fada (2005), O Inverno das Fadas (2012) e Feérica (2013) no gênero literatura fantástica conquistando o público infanto juvenil e tornando-se Best Seller nacional. Chamou a atenção da mídia com reportagens na Revista Época, TV Cultura, Estadão, O Globo. Foi matéria de capa do Jornal Folha de São Paulo, participou de duas entrevistas no programa Encontro com Fátima Bernardes e costuma frequentar eventos literários como Bienais de Livros. Escreveu O Reino das Vozes Que Não se Calam (2014) em parceria com a atriz Sophia Abrahão. Conquistou o Prêmio Jovem Brasileiro de 2011, Destaques Literários de 2012, Saga Awards 2014, Geração Z Awards 2014, Atrevida Awards 2014, Oscar Literário 2015 e Vox Populi Shorty Awards. Atualmente, é casada com o igualmente popular escritor Raphael Draccon. O próximo livro dela, Por um Toque de Ouro (2015), é aguardado com expectativa pelo público;
Daniel Galera – Tradutor literário, publicitário e escritor paulista. Foi um dos precursores do uso da internet para a literatura, editando e publicando textos em portais e fanzines desde 1997. Estreou na literatura com o livro de contos Dentes Guardados (2001), adaptado para o Teatro no ano seguinte. Com tiragem esgotada, é possível encontrar a versão ebook do livro para baixar grátis no site do autor, Ranchocarne. Seus livros seguintes foram Até o Dia em Que o Cão Morreu (2003), adaptado para as telas no filme Cão Sem Dono (2007) de Beto Brant e Renato Ciasca; Mãos de Cavalo (2006), adaptado para as telas no filme homônimo de Roberto Gervitz, previsto para 2015; Cordilheira (2008), vencedor do Prêmio Machado de Assis de Romance da Fundação Biblioteca Nacional e 3° lugar na categoria Romance, do Prêmio Jabuti 2009; Cachalote (2010), adaptado para os quadrinhos com Rafael Coutinho e vencedor do Prêmio HQ Mix Novo Talento como Roteirista; Barba Ensopada de Sangue (2012), 3° lugar na categoria Romance, do Prêmio Jabuti 2013. Selecionado em 2012, pela revista inglesa Granta entre Os Melhores Jovens Escritores Brasileiros.
Eduardo B.S. Silveira – Escritor paranaense, estreante do gênero da fantasia literária. Seu romance A Queda dos Deuses (2015) apresenta um mundo criado pelo autor conhecido como Hunísia, um cenário medieval em que várias famílias nobres disputam o poder. Aventura, política, religiosidade e guerra são trabalhados sem elementos fantásticos como dragões. Entretanto, a obra de Silveira tem evidente inspiração na famosa saga literária As Crônicas de Gelo e Fogo de George RR Martin;
Eduardo Spohr – Jornalista, blogueiro e escritor carioca de Ficção Científica e Fantasia. Seu primeiro romance publicado em 2007, inicialmente no site Jovem Nerd, A Batalha do Apocalipse: Da Queda dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo. O livro vendeu mais de 4 mil cópias sem o apoio de qualquer editora tradicional. Em 2010, a Editora Record publicou o livro com distribuição para as livrarias e expandiu o sucesso da obra. Estabelecendo um universo próprio com base em diversas religiões, a trama mostra um ser divino que se ergue contra seus superiores e aqueles que escondem a verdadeira mensagem de Deus para seus filhos. Expulso dos céus, vaga pela Terra, vivendo as mais diferentes eras e acompanhando os principais acontecimentos da história humana. Seus livros posteriores seguem as mesmas temáticas. Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida (2011), Protocolo Bluehand: Alienígenas (2011) e Filhos do Éden: Anjos da Morte (2013). Spohr revela entre suas influências, os escritores como Robert E. Howard, J. R. R. Tolkien, Neil Gaiman, Alan Moore, Frank Miller, Garth Ennis, Stephen King e H.P. Lovecraft, além de filmes como Highlander e Matrix;
Gabriela Natália Silva / Lola Benvenutti – Formada em Letras, garota de programa e escritora paulista, lançou o livro O Prazer É Todo Nosso inspirada no sucesso de O Doce Veneno do Escorpião (Bruna Surfistinha). Seu nome artístico vem do livro Lolita, de Vladimir Nabokov. A autora tem paixão por literatura e por autores como Dostoiévski, Nelson Rodrigues e Guimarães Rosa, de autores africanos como Ondjaki e Mia Couto. Seu blog, com mais de 30 mil acessos mensais, aborda suas experiências como garota de programa e suas opiniões, por vezes, polêmicas como a regulamentação da prostituição. A autora também ganhou destaque no jornal norte americano The Washington Post;
Gabriel Damasceno – Escritor prodígio e estudante, mora com os pais, no município de Banabuiú, a 225km de Fortaleza. Seu livro de estreia Nita Cairu e a Espada de Gohayó começou a entrar na lista de Best Seller em diversos países, entre eles, a Itália, Estados Unidos, Alemanha e Canadá. Damasceno revela ter levado um susto quando recebeu quantias em Dólar e em Euro pelas vendas de seu livro. Primeira parte de uma trilogia, Nita Cairu chegou a lista do sétimo livro mais vendido da Amazon Brasil e o primeiro na categoria infanto-juvenil. O romance narra um triângulo amoroso entre a índia Nita, com o índio Pirajá e o português Vicente nos tempos do Brasil Colonial. O jovem autor assumiu a 25ª cadeira da Academia Quixadaense de Letras;
Karina Buhr – Cantora, vocalista e percussionista da banda Comadre Fulozinha, ilustradora, blogueira, atriz de Teatro e escritora baiana. Artista de múltiplos talentos, reflete essa versatilidade em seu primeiro livro, Desperdiçando Rima, que reuniu cartas, poemas, contos, ilustrações e muitos sentimentos. Bastou entrar na cena literária que recebeu o convite para participar da Flip, a Festa Literária de Paraty, no Rio de Janeiro;
Laurentino Gomes – Jornalista e escritor paranaense aposta na releitura da História do Brasil como fonte para suas obras focadas em momentos históricos cruciais de nossa nação. Conquistou rapidamente o sucesso e não parou mais. Suas obras de destaque são: 1808, lançado em 2008, sobre a vinda da família real portuguesa ao Brasil para fugir de Napoleão Bonaparte; 1822, lançado em 2010, sobre o processo de independência do Brasil e 1889, lançado em 2013, sobre a proclamação da república. Uma nova trilogia do autor foi anunciada para os próximos anos, retratando a escravidão. O primeiro dos três livros está previsto para 2019, e o último, em 2022;
Lu Piras – Advogada e escritora carioca. Escreveu aos 15 anos, seu primeiro romance – uma saga sobre duas famílias durante a Guerra da Crimeia, numa máquina de escrever Olivetti 1982, presente de seu avô. É autora da série Equinócio, lançada em 2012 com Equinócio – A Primavera, o primeiro de quatro volumes. Escreveu A Última Nota, em parceria com o escritor Felipe Colbert. Seus livros seguintes foram Polaris – o Norte, Além do Tempo e Mais Um Dia. A maioria dos seus livros são do gênero literatura fantástica. Em 2014, lançou o romance Um Herói Para Ela. Atualmente, Lu Piras prepara o romance O Corajoso Delamy (nome provisório), previsto para ser lançado na próxima Bienal do Livro RJ;
Patrícia Melo – Escritora paulista. Trabalhou na Televisão e no Teatro. Seu primeiro livro foi publicado em 1994, Acqua Toffana. Seu livro, Matador (1995), foi adaptado para o cinema em 2003, no filme O Homem do Ano. Seus livros seguintes foram Elogio da Mentira (1998), Inferno (2000), Valsa Negra (2003), Mundo Perdido (2006), Jonas, o Compromanta (2008), Ladrão de Cadáveres (2010), Escrevendo no Escuro (2011) e Fogo Fátuo (2014). Seus livros foram traduzidos para diversos países, inclusive a Alemanha. Ela conquistou o Prêmio Jabuti de Literatura em 2001 por Inferno, levou ainda o Prêmio Liberatur, da Associação de Promoção da Literatura da África, Ásia e América Latina, durante a Feira Literária de Frankfurt, na Alemanha, em 2013, pelo conjunto da obra;
Raphael Draccon / Raphael Albuquerque – Roteirista de cinema, editor e escritor carioca. Seu primeiro roteiro de longa-metragem, escrito durante o primeiro período de Faculdade de Cinema, o drama sobrenatural In Your Hands (Em Suas Mãos) conquistou o Prêmio de Mérito da Associação Norte Americana de Roteiristas (ASA). Escreveu o primeiro romance, abrindo a série de literatura fantástica: Dragões de Éter (2007), antes de concluir a Faculdade. Aos 25 anos, tornou-se o autor brasileiro mais jovem a assinar com a editora espanhola Planeta do Brasil, permanecendo por seis meses entre seus autores mais vendidos. Dois anos depois, tornou-se parte dos planos de entrada da holding editorial portuguesa Leya no Brasil, hoje a maior em língua portuguesa do mundo. Com a trilogia Dragões de Éter, atingiu a marca dos 200 mil exemplares no Brasil. O box da trilogia alcançou o primeiro lugar do portal de vendas Submarino, onde permaneceu por um ano como o livro mais desejado do site e continua até hoje como o livro nacional mais vendido do portal. Lançou em Portugal, o livro Espíritos de Gelo (2011), depois lançado no Brasil. Por fim, lançou Cemitérios de Dragões (2014). Atualmente, é casado com a igualmente popular escritora Carolina Munhóz. Seu próximo trabalho é a colaboração numa equipe de roteiristas para criarem a série de suspense Supermax para a Rede Globo, com 13 episódios previstos. A equipe, liderada por Marçal Aquino e Fernando Bonassi, reúne, além de Draccon, Juliana Rojas, Bráulio Mantovani, Carolina Kotscho e Raphael Montes;
Raphael Montes – Estudante de Direito e escritor carioca. Estreou na literatura policial em 2009, com o conto A Professora, incluído na coletânea Assassinos S/A. Aos 20 anos, impressionou crítica e público com Suicidas, um intenso romance policial que lhe garantiu vaga entre os dez finalistas do prêmio São Paulo de Literatura na categoria Autor Estreante. Concorreu ainda aos prêmios Benvirá e Machado de Assis. Após ler seu primeiro livro, Scott Turow, um dos autores policiais de maior prestígio no mundo, disse que Raphael está “entre os mais brilhantes ficcionistas jovens” da atualidade. “Ele certamente redefinirá a literatura policial brasileira e vai surgir como uma figura da cena literária mundial.” O segundo livro, Dias Perfeitos (2014), confirma seu talento com uma história de amor doentia. Enquanto prepara seu próximo livro, com o título provisório de Jantar, ele entra na equipe de roteiristas responsável pela série de suspense Supermax para a Rede Globo, com 13 episódios previstos. A equipe, liderada por Marçal Aquino e Fernando Bonassi, reúne, além de Montes, Juliana Rojas, Bráulio Mantovani, Carolina Kotscho e Raphael Draccon;
Raquel Pacheco / Bruna Surfistinha – Escritora, DJ e ex-garota de programa paulistana. Começou escrevendo suas memórias em um blog que logo conheceu o sucesso. Assim, lançou o livro autobiográfico O Doce Veneno do Escorpião – O Diário de uma Garota de Programa (2005),  na verdade, escrito pelo jornalista Jorge Tarquini, de sucesso imediato. Os livros O Que Aprendi Com Bruna Surfistinha (2006), também escrito por Tarquini e Na Cama Com Bruna Surfistinha (2007) escrito por Pacheco são lançados na sequência. O filme Bruna Surfistinha (2010), lançado com base no primeiro livro, foi um grande sucesso de bilheteria;
Renata Ventura – Jornalista e escritora carioca inspirada na saga do famoso bruxinho Harry Potter, resolve abordar o universo da magia e mesclar com a difícil realidade brasileira no romance A Arma Escarlate, lançado em 2011. O protagonista é o bruxo brasileiro, Hugo Escarlate que vive sua aventura no Rio de Janeiro. O segundo livro, A Comissão Chapeleira, é um sucesso a nível nacional e a trama acontece em Salvador e o terceiro, ainda para ser lançado, será ambientado na Amazônia;
Thalita Rebouças – Jornalista e escritora carioca. Atualmente, a autora nacional de maior sucesso junto ao público adolescente, com 18 títulos publicados e mais de 1 milhão de cópias vendidas. Ela escreveu títulos como Traição Entre Amigas, Fala Sério, Mãe!, Tudo Por um Pop Star, Uma Fada Veio me Visitar, Ele Disse, Ela Disse, Adultos Sem Filtro e o mais recente 360 Dias de Sucesso. A série de livros Fala Sério foi publicada em Portugal. Seu livro mais vendido foi Fala Sério, Mãe!. Tudo Por um Pop Star foi adaptado para o Teatro e Tudo Por um Namorado será adaptado para o cinema.
A atual geração de novos escritores nos mostra que é possível acreditar e investir em seus sonhos.

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